As nuances da negociação de arbitragem: distinguir entre traders profissionais e amadores de Forex e tirar partido disso a seu favor Quarta-feira, 9 de Abril de 2025 – Posted in: Arbitrage Software, Forex trading
Introdução
Neste artigo, vamos entender o que distingue um trader que usa estratégias de arbitragem de um trader profissional e por que, muitas vezes, é vantajoso parecer um amador aos olhos de um corretor. Para responder a essa pergunta, vamos explorar slippage positivo e negativo, como o modelo A-book difere do B-book e como corretoras distinguem traders profissionais de iniciantes e amadores.
O que distingue um trader do mercado Forex de um trader experiente?
A diferença entre um trader simples que utiliza estratégias de arbitragem e um trader profissional de arbitragem está na abordagem, na qualidade de execução e nos detalhes de implementação.

Aqui estão as principais diferenças:
- Complexidade e qualidade do software e hardware utilizados:
- Trader comum de Forex:
- Usa computadores padrão, VPS comum e plataformas de trading massificadas.
- Seu sistema muitas vezes não é rápido o suficiente para aproveitar oportunidades de arbitragem com eficiência.
- Trader profissional de Forex:
- Usa servidores especializados de alta velocidade com baixa latência e faz co-location nos data centers do corretor.
- Utiliza canais dedicados de comunicação e protocolos FIX.
- Trader comum de Forex:
- Acesso à liquidez e execução:
- Trader comum de Forex:
- Opera por meio de corretoras de varejo, onde corretores identificam e interceptam arbitragem facilmente.
- Enfrenta problemas ao tentar sacar lucros obtidos por arbitragem.
- Trader profissional de Forex:
- Tem acesso direto a liquidez profunda via bancos e plataformas ECN.
- Opera por agregadores de liquidez, evitando restrições de corretoras contra arbitragem.
- Trader comum de Forex:
- Software e algoritmos:
- Trader comum de Forex:
- Usa algoritmos simples e públicos ou EAs comerciais que as corretoras detectam rapidamente.
- Não consegue se adaptar às mudanças nas condições de trading.
- Trader profissional de Forex:
- Cria seus próprios algoritmos ou usa algoritmos comerciais de arbitragem de alta eficiência em Python, C++, C#.
- Modifica continuamente os algoritmos, adaptando-os às mudanças do mercado e aos métodos de defesa contra arbitragem.
- Trader comum de Forex:
- Gestão de risco e de capital:
- Trader comum de Forex:
- Nem sempre calcula riscos corretamente e pode usar capital de forma agressiva, levando a perdas quando a estratégia falha ou há intervenção do corretor.
- Trader profissional de Forex:
- Usa gestão de risco rigorosa e detalhada.
- Pensa cenários antecipadamente, diversifica contas, plataformas e estratégias, e evita perdas por bloqueios ou sanções do corretor.
- Trader comum de Forex:
- Conhecimento de mercado e do campo jurídico:
- Trader comum de Forex:
- Frequentemente não entende nuances regulatórias e não sabe quais métodos de arbitragem são permitidos ou proibidos.
- Acaba sofrendo sanções de corretoras.
- Trader profissional de Forex:
- Domina o campo jurídico e entende os aspectos legais do trading.
- Usa abordagens legais e práticas, minimizando riscos regulatórios e jurídicos.
- Trader comum de Forex:
A comparação destaca que um trader profissional de arbitragem se diferencia principalmente pelo nível de execução, profissionalismo na abordagem e qualidade de infraestrutura, permitindo extrair lucro de ineficiências do mercado de forma consistente. Porém, há um detalhe: muitas vezes isso é só teoria e, com frequência, traders não profissionais conseguem ganhar muito dinheiro alternando estratégias, operando de um VPS barato, etc.
Vamos entender por que isso acontece e como pode ser usado a seu favor.
Começando pelo básico: o que mais assusta qualquer trader e quase qualquer estratégia — especialmente arbitragem de latência — são atrasos de execução e, como consequência, slippage, e às vezes slippage sem grandes atrasos por manipulações das corretoras escolhidas para HFT.
Slippage é uma situação no mercado financeiro em que a ordem do trader é executada a um preço diferente daquele esperado no momento do envio. O slippage pode ser:
- Positivo (favorável) — a operação é executada a um preço melhor.
- Negativo (desfavorável) — a operação é executada a um preço pior. Em geral, quando se fala em slippage, refere-se ao negativo.

Razões do slippage:
- Alta volatilidade:
- Durante a divulgação de notícias econômicas importantes, o preço muda rápido e a ordem é executada a outro preço.
- Baixa liquidez:
- Com poucas ofertas, a ordem é executada no preço disponível mais próximo, geralmente pior.
- Atrasos de execução:
- Atrasos técnicos do corretor ou do trader podem resultar em execução a preços diferentes.
- Tamanho grande da ordem:
- Ordens grandes podem mover significativamente o preço e gerar slippage.
Exemplos de slippage:
- Slippage negativo:
- Um trader quer comprar EUR/USD a 1.2000. Enquanto a ordem vai ao servidor da corretora e é executada, o preço muda para 1.2003. Assim, ele compra 3 pontos mais caro.
- Slippage positivo:
- Um trader quer vender GBP/USD a 1.2500, e no momento da execução o preço vai para 1.2504. Ele ganha 4 pontos a mais.
Slippage é um fenômeno normal que deve ser considerado na estratégia e na gestão de risco. Porém, slippage negativo muito frequente ou grande pode indicar um corretor de baixa qualidade ou manipulação intencional.
Manipulações do corretor (Forex broker)
A-book vs B-book

Agora vamos falar de manipulações da corretora, mas primeiro vejamos os dois modelos — A-book e B-book. Principais diferenças:
- A-Book (modelo de agência):
- Descrição:
- A corretora atua apenas como intermediária.
- Encaminha cada operação do trader ao mercado interbancário real ou provedor de liquidez (bancos, ECN, fundos etc.).
- Fonte de renda da corretora:
- Ganha somente comissões e spreads.
- Não depende das perdas do trader.
- Vantagens para o trader:
- Sem conflito de interesse.
- Transparência em preços e execução.
- Sem manipulação de preços ou ordens.
- Desvantagens para o trader:
- Possíveis requotes, slippage e spreads mais largos em alta volatilidade ou baixa liquidez.
- Exigência maior de depósito mínimo.
- Descrição:
- B-Book (market maker / dealer):
- Descrição:
- A corretora não envia as operações ao mercado externo, atuando como contraparte.
- Opera contra o cliente, lucrando com suas perdas.
- Fonte de renda da corretora:
- O principal lucro vem das perdas dos traders.
- Se o cliente perde, a corretora ganha.
- Vantagens para o trader (se a corretora errar):
- Menor chance de requotes e slippage, pois a execução é interna.
- Condições melhores (spreads estreitos, execução rápida) se a corretora julgar sua estratégia “perdedora”.
- Desvantagens para o trader:
- Forte conflito de interesse.
- Risco alto de manipulações: spikes artificiais, spreads ampliados, atrasos, intervenção de virtual dealer etc.
- Descrição:
Em resumo:
| Parâmetro | A-Book | B-Book |
| Modelo de trabalho | Agente / intermediário | Market maker / contraparte |
| Para onde vão as ordens | Mercado externo (ECN, bancos) | Ficam dentro da corretora |
| Renda da corretora | Comissões e spreads | Perdas do trader + spreads |
| Conflito de interesse | Ausente | Presente |
| Risco de manipulação | Baixo | Alto |
| Execução | Possíveis requotes/slippage | Geralmente rápida |
Portanto, a escolha entre A-Book e B-Book depende do seu estilo de trading, nível de profissionalismo e gestão de risco. Já vimos que no modelo B-book a chance de manipulação é alta. Vamos entender como detectar isso.
Como detectar se uma corretora Forex manipula trades ou usa virtual dealer

- Atrasos incomuns na execução:
- Suas ordens apresentam atrasos suspeitos, especialmente nas operações lucrativas.
- Requotes ou slippage frequentes:
- Se houver requotes constantes ou slippage excessivo, principalmente em volatilidade, pode indicar interferência.
- Preços diferentes de outros corretores:
- Cotações bem diferentes de fontes confiáveis ou grandes LPs sugerem manipulação artificial.
- Spikes ou caça a stop:
- Picos repentinos para acionar stop-loss podem ser intervenção de virtual dealer.
- Rejeição/bloqueio em trades lucrativos:
- Estrategias lucrativas ou trades específicos são negados ou fechados cedo de forma recorrente.
- Slippage negativo constante:
- Se o slippage quase sempre vai contra você, pode ser manipulação.
- Atrasos/ travamentos de plataforma:
- A plataforma congela, atrasa preços ou desconecta em momentos críticos.
- Alargamento excessivo de spreads:
- Spreads ampliados sem justificativa, sobretudo em notícias importantes.
Mesmo com sinais fortes, é difícil provar virtual dealer. É recomendável comparar dados entre corretores, registrar ocorrências suspeitas e escolher corretoras reguladas.
Como um provedor de liquidez pode manipular o mercado?
Manipulações no nível interbancário ocorrem bem menos que no varejo, mas podem acontecer:
- Spikes artificiais:
- Bancos/LPs podem ampliar spreads ou mudar cotações temporariamente para acionar stops.
- Uso de informação sobre ordens grandes:
- Ao ver grandes bids, LPs podem mover o preço para forçar execução pior.
- Last Look:
- Direito de atrasar milissegundos para verificar se a ordem é favorável.
- Pode resultar em rejeição ou pior preço.
- Slippage:
- Em alta volatilidade, atrasos deliberados podem piorar preço.
- Front-running:
- Um grande participante se posiciona antes de ordens futuras, movendo o preço.
- Spreads ampliados em notícias:
- Em eventos macro ou pouca liquidez, spreads sobem muito.
Por que isso é menos comum no interbancário?
- Alta competição limita manipulações.
- Regulação (FCA, SEC, CFTC etc.) torna isso caro e arriscado.
- Risco reputacional.
Como se proteger?
- Trabalhar com vários LPs e agregadores de liquidez.
- Usar plataformas ECN/STP transparentes.
- Aplicar stops/limits de forma cuidadosa.
Se uma corretora usa B-book e A-book, quais estratégias ela considera “perdedoras” para colocar a conta em B-book? Geralmente, corretores tentam identificar estilos potencialmente não lucrativos para operar contra esses clientes.
Por que pode ser benéfico parecer “não profissional” num B-book?

- Melhores condições:
- Esperando sua perda, a corretora reduz spreads, acelera execução e permite volumes grandes sem slippage.
- Menor chance de manipulação agressiva:
- No B-book, o corretor tende a deixar você “sentar” a posição esperando que você perca sozinho.
- Execução interna rápida:
- Como não vai ao mercado externo, a execução é quase instantânea e sem slippage.
- Lucro estável por erro do corretor:
- Se a corretora avaliar mal seu risco, você pode lucrar por bastante tempo até ela corrigir.
Portanto, com ações como camuflar sua estratégia sob estilos que a corretora julga perdedores, ou misturar arbitragem com controle de perdas, é possível conseguir excelentes condições para arbitragem/HFT.
Quais estratégias o corretor considera potencialmente perdedoras (para B-book)?
- Martingale e promediação:
- Aumentar lotes após perdas para recuperar — geralmente termina em zerar a conta.
- Sem gestão de risco:
- Lotes grandes sem stop-loss.
- Trading impulsivo/emocional:
- Operações frequentes sem estratégia clara.
- Trade em notícias sem risco:
- Movimentos fortes geram perdas grandes em amadores.
- Robôs agressivos:
- EAs que operam demais ou promediam agressivamente.
- Trading caótico:
- Sem plano / sistema lógico.
- Scalping curto com spreads largos:
- Em instrumentos caros, quase garante perdas graduais.
Como a corretora age ao identificar uma estratégia perdedora?
- Move a conta para B-book.
- Pode melhorar condições temporariamente para você aumentar volume e perder mais rápido.
- Permite posições grandes e deixa “aguentar” perdas, sabendo que no longo prazo isso tende a dar errado.
Assim, pode ser vantajoso se a corretora te classificar como perdedor e te colocar em B-book quando você, na verdade, usa uma estratégia lucrativa e estável.
Como um trader pode “enganar” a corretora para HFT
- Imitação de martingale ou risco: mostrar sinais iniciais de risco (aumentar lotes, promediar intencionalmente) para entrar no B-book.
- Estratégias híbridas: começar arriscado e depois mudar para um estilo disciplinado e lucrativo.
- Operar em baixa liquidez: parecer caótico inicialmente e depois operar de forma sistemática.
Riscos possíveis:
- A corretora pode detectar e retornar sua conta ao A-book, piorando condições.
- Em alguns casos pode aplicar sanções (como negar saque se suspeitar manipulação).
Recomendação final: Só vale estar no B-book se você tiver vantagem real, estratégia comprovada e controle de risco. Então, o erro do corretor pode garantir um período de condições melhores e lucro extra.
>>>Saiba mais sobre software profissional para arbitragem – SharpTrader
FAQ
-
O que é arbitragem? Arbitragem envolve comprar e vender o mesmo ativo em mercados diferentes ao mesmo tempo para aproveitar diferenças de preço.
-
O que distingue um trader profissional de um amador em arbitragem? Um profissional usa tecnologia avançada, tem acesso a liquidez superior e métodos de execução melhores, e aplica gestão de risco sofisticada. O amador normalmente não tem esses recursos.
-
Por que pode ser vantajoso parecer não profissional para a corretora? Parecer amador pode fazer a corretora subestimar o trader e oferecer melhores condições achando que ele vai perder, o que pode ser explorado por um trader experiente.
-
Qual a diferença entre corretoras A-book e B-book? A-book encaminha ordens ao mercado interbancário e lucra com comissões/spreads, sem operar contra o cliente. B-book atua como contraparte, lucrando quando o trader perde.
-
Como uma corretora pode manipular preços? Através de spikes artificiais, caça a stops, atrasos de execução, spreads ampliados, etc., principalmente em operações B-book pouco reguladas.
-
Quais estratégias são consideradas de alto risco ou perdedoras? Martingale, scalping HFT sem risco, robôs agressivos e trading emocional são vistos como alto risco e geralmente classificados no B-book.
-
Como se proteger da manipulação? Escolha corretoras reguladas, use stop-loss, diversifique corretores e monitore sinais como slippage anormal ou requotes frequentes.
-
Um trader pode realmente se beneficiar no B-book? Pode receber melhores condições no início, mas com risco maior de manipulação. Só traders habilidosos conseguem explorar isso temporariamente com segurança.
-
Quais proteções legais existem? Variam por jurisdição, mas costumam incluir órgãos reguladores, exigências de transparência e recursos legais em caso de fraude.
-
O que considerar ao escolher entre A-book e B-book? Estilo de trading, tolerância ao risco e transparência desejada. A-book é preferido por menor conflito. B-book pode oferecer spreads/bonificações melhores, mas com maior risco de manipulação.
English
Deutsch
日本語
العربية
한국어
Español
Indonesia
Tiếng Việt
中文